sexta-feira, 24 de abril de 2015


Construiste  um castelo de pensamentos e crenças e seguras isto temendo a sua dissolução, temendo que ao deixa-los, o que és deixa de existir, mas o que segura isto é a finitude da mesma entidade. Ela se fixou ás paredes da irrealidade de sua criaçāo, na ilusão de fixar a vida fora do Ser que brilha em seu interior.
O que É, em sua natureza, nao pode ser visto ou fixado, localizado ou limitado em quatro paredes, pois nesta consequencia deixava de o Ser em sua verdadeira realidade de ilimitaçao da vida. 
O Ser nao pode Ser visto, ele é o próprio brilho de onde tudo surge, ele está no centro de tudo, livre de qualquer conceito de forma ou pensamento.
No momento que vislumbras a fonte de onde surge este castelo de pensamentos e coisas, suas bases de irrealidade começam a ruir sem grande esforço, no silêncio amoroso que és tu, onde o próprio eu e tu se dissolvem, e somente o Ser é existencia Real e Unitário...
Aquilo ja és, a própria Vida graciosa e infinita, sem morte ou nascimento...

 Helder Santos (हार्ट आग)

Foto :  Castelo Hunyad - Roménia

quinta-feira, 16 de abril de 2015


Uma peça de teatro não tinha graça nenhuma se os bastidores, e quem cordena essa mesma peça, estivessem à vista de todos. Não haveria um foco naquilo que se realiza e nos atores que compõem essa realização. Nem mesmo esses atores conseguem discernir o que acontece nos bastidores, mesmo aqueles que dentro da peça se conseguem desdobrar para vários campos de movimento. Tudo o que acontece nesses bastidores, é puro amor para que tudo se desenrole neste Amor e Doação, e para que o elenco, mesmo sem o saberem, sejam coroados como Grandiosos e Filhos da Luz que tudo faz...
Nesta similaridade metafórica, o posicionamento em apenas observar a peça deste cenario que arde no fogo que o desvendará, se estabelece algo muito engraçado, que vai no sentido daquele abandono ou resistência, ou seja, o abandono ao agora, é nada querer , nem mesmo um querer saber o que se desenrola por detrás do cenário, é ter paciência sábia que ele arde, e que a um dado momento se desvela, mas a projeção desde ato, de alguma forma não é o agora que se desenrola na peça, e se resiste, principalmente entre ser o ator e seus apetites, e a projeção de não mais querer atuar. A neutralidade aqui talvez seja a chave, esta neutralidade é também o abandono a tudo isto, quer seja a peça ou os bastidores, porque neste sentido reparamos que tudo passa na consciência como um jogo, quer seja a peça e os bastidores. A neutralidade é o ponto de estabelecimento no centro de tudo isto, é na verdade a ausência dentro da não ausência, o não movimento dentro do movimento. Somente aqui a projeção ou a resistência termina com todo o jogo, e qualquer um que seja, e por conseguinte o abandono a tudo o que aconteça, sem ali haver uma identificação. 
A peça está no Fim, uma peça que durou neste tempo imaginário, milhares de Anos, e o seu realizador entra em cena como o fazedor e o Grande Espírito de todo o elenco e sua vivência. A surpresa aqui é o elemento que todos esperam, tanto os atores como os coordenadores, e mesmo uns mais lúcidos e outros ainda no drama da peça, neste centro todos sabem que tudo é o Amor atuando, o Silêncio cantando o Divino da Luz. 
Pode-se estabelecer como observador de tudo isto, mas quem observa o observador?............ 
No centro tudo é vastidão amorosa, sem observação ou identificação, apenas ressoando o Amor do Silêncio. Aqui é o verdadeiro sacrifício, tanto de um coroamento e vangloriarão, ou o inverso disto, ficando no vazio, vivendo a Vida que se É, no Absoluto com forma... 
" O Rio passa, mas o fundo do Oceano é imóvel, e todos, uns e outros, somos as flores que dá a vida a todos este palco, que gosto de chama-lo de Jardim...
Paz a todos


Helder Santos (Akshara)

segunda-feira, 13 de abril de 2015


...sou verso que não rima, 
mas voa no Pão que abraça a espiga...
...sou Água que não tira a sede, 
e somente bebe a inundação desmedida...
"...sou o cálice da redenção onde canta a própria vida..."


Helder Santos (Akshara)


Qualquer pensamento, qualquer tempo, qualquer transitoriedade, está a Ser permanentemente, e a uma velocidade atemporal, empurrado e absorvido ao Fogo Original da Consciência, à linha do tempo cósmico que é a presença.
Os meios mecânicos desta mente que serviu a separação, não se podem estabelecer em meio à Liberdade da Consciência Crística de 5ª Dimensão.

Helder Santos (Akshara)

segunda-feira, 6 de abril de 2015


O que te digo não é um crença, não é uma imaginação sem bases de vivência, por isso te digo que verás, a um dado momento desta projeção a que chamamos mundo ou caminho, que tu és apenas a presença imaculada, o branco amoroso que deu vida a todo o movimento. Esta Paz que te falo não advém de um equilíbrio, de uma estabilidade humana, ou de um bem estar, esta Paz é a tua essência lumínica, é aquilo de que és feito na origem, que não é, nem deste, nem de nenhum mundo, e que no entanto em todos reside como Graça... 
Sim... nessa altura dirás também internamente, "Oww mas afinal estive este tempo todo Aqui, a observar o jogo e o movimento. Afinal eu sou apenas Amor, afinal eu sou apenas a Graça da Consciencia Cristica deste Universo"

Helder Santos (Akshara)

quarta-feira, 1 de abril de 2015


Estar abandonado é ir ao mais profundo do Oceano. Estar abandonado é não mais ser uma pessoa, é renunciar a qualquer crença, que se foca na posse, e no controle seja do que for. Estar abandonado é não mais querer a Luz, não mais haver ali um caminho para ela, fora de Si., mas sim encontra-la neste Oceano. Estar abandonado é não abandonar a Vida, é ser-se a própria vida, e não lhe colocar mais entraves de objetos, pessoas, isto e aquilo. Estar abandonado, é reencontrar o que nunca estevee realmente perdido, mas oculto por um véu ilusório de projeção objetiva de possuir a Luz.
Estar abandonado é não mais ter identidade formal, é entrar na Graça do caminho, na verdade, e da própria Vida. Estar abandonado é deixar o Cristo pulsar sua Luz dentro do templo sagrado, e nesta via, estar Uno com a Fonte, Aqui e Agora...
O abandono é perder mesmo de vista a frase " Quem sou Eu" pois ali as perguntas se evaporam, as respostas se escoam no silêncio do Infinito.
Estar abandonado é Ser o mais pequeno dentro de uma forma, pois é a evidencia total que somente o Amor e a Luz de uma Unidade Absoluta, vive sua beleza intima e sagrada... Estar abandonado é Ser a Graça da inteligência da Luz Branca, e onde todos os mecanismos envolventes são transcendidos e dissolvidos no que é apenas presença...
Entregar a vida ao Coração Cristico é saber-se que nenhum poder emocional ou mental exteriorizado o pode alcançar, é deixar de Crer num salvador e oferecer-lhe o próprio templo. 
Não há outra porta para o encontro do que é a verdade, sem mesmo ali buscar essa palavra, e sua compreensão, pois a verdadeira sabedoria é a do Coração, não existe outra. Não há outra saída da efemeridade, sem a entrega plena e sincera, de tudo o que se imaginou Ser, ao Cristo Cósmico e Absoluto.


Helder Santos (Akshara)