quarta-feira, 28 de setembro de 2016


"...nesta transição algumas coisas foram criadas, para ancoramento, para um despertar coletivo, numa função intermediaria no tempo, com algumas consciências nessa função em muito boa hora e devoção, mas é preciso ter a lucidez de não se apegar a elas e descria-las a um dado momento, pois é ficar preso a uma muleta enganadora. Nestes tempos da terra nada mais dessas funções fazem grande sentido, a luz invade para tudo e todos. Essa lucidez é deixar e abandonar o alimento da restante personalidade, e portanto, entrar apenas no serviço da  presença e no silencio, pilares atemporais. Quem não vê isso, se apegou a uma nova crença, de controle e manipulação, onde se inventa qualquer coisa para alimentar seu próprio ego e medo da perda e da falta, não vivendo ainda a coroa radiante do coração. Enquanto houver fixação mental e a não entrega de tudo na nudez, não se é livre, e neste momento a luz remove todos os grilhões para a liberdade a mais total...
 A esses eu convido a serem crianças e entrar no verdadeiro amor, de sorrir e abraçar os irmãos de reencontros e fazer a festa da alegria, abandonando a cegueira da heresia... 
...vem, vem que a luz te chama por inteiro... vem acolhe teu coração em chamas que a verdadeira inteligência sempre foi a luz... vem que teus irmãos te esperam além das personagens fictícias, na dança do silencio, e na água da vida"

Nadhaji

terça-feira, 27 de setembro de 2016


"...o próprio fragmento a que te agarras, ligado ao antagonismo, à experiencia mental de uma historia, pede que o soltes. 
Ele próprio em sua limitação, se auto-renuncia no momento que em amor é observado, pois nada lhe resta se não o vento da misericórdia. O desaparecer perante ele, é já alinha-lo ao oceano unitário, isento de qualquer fragmento antagônico...
O Ser é sem historia, sem praias, mesmo que as viva, ele é a vida de todas as águas, e este fragmento se reúne ao essencial no momento em que é solto, sendo visto apenas como ele é, não por uma vontade, mas aquiescendo á Graça da ilimitação do Ser, ao Agora atemporal, ao Coração de toda a Unidade..."

Nadhaji



"...deixa a leveza ficar permanente, e a historia do passado e uma projeção futura serem tragadas por esta leveza da presença.
Tudo irá passar como uma nuvem, e essa leveza, esse sopro preenchido de paz, permanecerá sempre..."


Nadhaji

domingo, 18 de setembro de 2016


O Absoluto não se embaraça com dicotomia e prisões pessoais. Somente a pessoa resiste a tal evidência. O amor nada vê se não o Um. O silêncio não é travado por nada ruidoso.
Se tudo é Um, quem anda falando com quem? 
Essa é a lucidez e a profundez de somente Ser. Enquanto a vontade e a atração por um papel na matéria se relativizar como percepção e projeção de sobrevivência efêmera, a liberdade essencial não é vivida, a plenitude e a simplicidade se afastam, a leveza se torna fardo. O medo e a falta geram uma atração por um reconhecimento aprisionador no personagem que se agarra a um castelo de ilusões... neste ponto está o marcador essencial para abandonar qualquer caminho, e ser o próprio caminho, a verdade e a vida silenciosa.
Sair de qualquer função dualitaria é viver mesmo num ainda corpo terreno, a unidade livre e atemporal, onde nem a dualidade é vista como tal. Se o amor é o todo, o que buscar num jogo se não um mérito pessoal, de um personagem fictício ? 
Ser livre, ou o liberado vivente, não vê pessoas nem funções, nem algo que esteja acontecendo realmente, ele é absoluto informe mesmo numa forma, ele é a espontaneidade do sopro da unidade. Ser Mestre de alguma coisa é pra ele uma fraude pessoal, pois se tudo é perfeito no núcleo do coração, ter uma função de salvador ou sabedor, é já sair do coração, a única sabedoria, para pessoalmente afirmar que alguma coisa acontece e é imperfeita. Eis o restabelecimento que a inteligência da luz reunifica, e a última inversão para o real alinhamento ao centro, devolvendo ao coletivo, a liberdade da experiência em todas as moradas do cosmos, de ser absoluto e livre em qualquer dimensão, mas para ser livre é já sacrificar a personagem e um Eu imaginário, pois a liberdade a nada se prende, a nenhum Eu ou tu. A imaginação de esquecimento termina na entrega do conhecido para este eu, no silêncio, ao desconhecido da visão, que dissolve a crença do fantasma do ego, e é restabelecida á consciência Cristica, vivente em todas as centelhas, gotas de um único oceano, o coração do coração.
...mergulha neste centro oceânico onde a unidade nunca nasceu ou morreu, e sê livre, essa é a natureza do Ser...

Nadhaji