segunda-feira, 28 de dezembro de 2015


Para este coletivo, naquele que convive mais próximo, ou ao que do outro lado do mundo vive em mim em equanimidade, não desejo nada em quadra nenhuma, nem em movimentos que saiam do que é a simplicidade da presença. O desejo vem da pessoa e da sensação de separação. Se algum sopro que de mim possa emergir, é além da esperança e além de bem e mal, mas sim que reencontres aquele que vive em ti e em todos, como o único tocador da musica da unidade cristalina, que pela sua brancura, isento do que não é real, encerra aquilo que foi uma cena de teatro de um amor travestido, para o verdadeiro sentir, o verdadeiro amor, que transcende qualquer objeto ou dimensão, mesmo para aqueles os mais cegos, tal a graça da dança...
A todos os irmãos e centelhas deste canto de universo, um aqui e agora com alegria e acolhimento amoroso... 
Paz 

Helder Santos (Akshara)


Aquilo que é, inamovível e sem espaço ou tempo, é permanentemente agora e absoluto, e no hábito pelas imagens, pelo barulho desta identificação, a pessoa quer ver este absoluto permanente, mas essa imagem, ela é efêmera e limitada, e é aqui que se busca o que não pode nem reclama ser buscado. Desaparece para as imagens e reflexos e aceita em total desposamento, que o que reside no centro de todas as reflexões, é o Ser,a fonte de tudo o que É. Quanto mais buscas, mais imagens se criam, mas te afastas em sonhos e projeções. 
Entrega o que é irreal, e vê sem olhos o que És, pois a imensidão não pode ser vista numa limitação efêmera, mas sim vivida atemporalmente...
O absoluto não é pessoal, não tem reflexos, como então queres ver o que não pode ser visto? ... te pergunto com todo o amor, estás preparado para seres o que és e sempre foste, ou continuar na percepção de ser a limitação pessoal de uma imagem?... 
A eternidade é silenciosa... escuta a Unidade de tudo....


Helder Santos (Akshara)

domingo, 27 de dezembro de 2015





O que acontece no planeta, no que se chama de transição, como em todo este sistema solar, é indubitavelmente para lá da compreensão, para lá de tudo o que se havia passado nesta historia por aqui. Todas as palavras, religiões, mesmo as que mais se aproximaram num contexto daquilo que era o Ser, ou a abertura do cardíaco, estão nos dias correntes com sua tarefa concluída, e até mesmo arcaicas, pois nada mais pode ser assimilado para que um switch consciencial possa acontecer, até mesmo terão que ser descartados, toda a compreensão, toda a historia. Nada mais há para estudar, ler, ou trabalhar no sentido de ali chegar. Toda a restante reversão planetária, em sua conclusão quase pronta, tem como função unica de mostrar a realeza da luz onde todos estão em unidade, e que por mera percepção se esqueceram.
Resta o abandono à vida, ou ao Coração do Coração, resta entregar em rendição as armas, que por instantes pareceram reais, tudo não passou de 1 segundo de ilusão...
As consequências que para alguns já é realidade, como a abertura final do coração, ou o extase absoluto, será desposado pela Mãe Terra, ao manto Universal do espirito santo, e isto é incompreensível, e talvez por isso não aceite, mas a luz de nada se incomoda com compreensões pessoais ou coletivas. É a terra que se desloca pra seu nascimento, para sua liberação total e definitiva, e esta humilde reverência a Gaia, anula por completo o esquema pessoal de ir ali ou acola. Estamos em presença do maior mistério talvez desta galaxia, e talvez da experiencia mais mirabolante que a fonte quis vivenciar, e apenas o equivoco de um atrito com uma historia pessoal, faz com que os olhos se fechem para a beleza de tudo isto...
Resta portanto, em total entrega, deixar a inteligencia do sopro da luz, escrever em seu silencio, o poema do amor uno, deixar o sopro da luz, tecer as asas que por breves instantes ficaram no altar do Sol, que amorosamente os anjos nos cantam mais que nunca, para nos devolverem a imensidão da liberdade, sem mais historias e esquemas de continuidade de uma falsa aparência, de uma falsa sensação de Ser, mas sim para a verdadeira vida. Ele havia dito que não eramos daqui, e que voltaria para nos banhar com sua magnificência, pois aquele que porta o amor, o verbo da gloria, está precisamente no interior de tudo o que é Realmente essencial, e esse essencial é sem duvida o coração. A Abertura da tri-unidade no peito, com seus vórtices e portas de ancoramento, revelaram para todo este planeta, que ele, somos nós todos juntos, como centelhas divinas, no centro do centro, no colo da Fonte...
Direi também, para os que realmente se querem reencontrar, que somente no silêncio o mais profundo, rarefazem o que ficou distorcido, e são a luz do mundo, sem mais alimentar uma matriz que terminou, mas que por escassos segundos ainda parece estar viva. Neste face a face final, a consumação é atemporal, já concluída alias, e que concretamente se esbanja amorosamente para todos os filhos...
Me deixem abraça-los com a total gratidão que hoje sinto, por todos os que reencontrei, e principalmente os ter todos dentro do meu coração. 
Sejamos Unos, pois nunca deixamos de o Ser...
ISIS
Paz
Helder Santos (Akshara)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015



"...Mais que a transcendência e a entrega, é preciso corajosamente apreender que somente desaparecendo internamente para qualquer tipo de casulo que se manifesta, se restabelece a presença suprema, que nunca fugiu para nenhum lugar. O Ser não pode procurar o que sempre foi, ele não pode ser visto numa reflexão temporal, mesmo que viva em tudo, ele é Absoluto sem reflexo. E esse Absoluto é o que reside omnipresente dentro do peito, como suporte amoroso de todas as centelhas. Mais que a refutação do visível, mais que a expansão consciencial dimensional, somente desaparecendo para tudo o que tem nome, é visto sem olhos o Ser além do Ser...Ali és quietude...Ali és Um Coração que voa em silêncio..."

Helder Santos (Akshara)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015


A vida é uma só, absoluta... como poderia existir duas vidas se este absoluto contêm o tudo?
... e nada acontece além de vida, um único sopro dourado de quietude... 
A vida é um Agora eterno... o resto é percepção de experiencia dela mesma...

Helder Santos (आग दिल)

Foto: Grand Tetons, Wyoming

sexta-feira, 27 de novembro de 2015


Até que a atenção seja portada a algo, nada acontece. No momento que portas a atenção, um movimento surge, tu chamas mente, que duração tem este movimento? para onde vai realmente?
... e ele inevitavelmente termina, mas verificas que em todo o movimento há uma presença que suporta todo o movimento, a isso chamamos consciência, ela não é palpável, ela não tem nome, ela é omnipresente, ela és tu e eu, sem eu e sem tu, ela é a Unidade, ela é o silêncio eterno... a própria Vida Una...
Até que a atenção seja portada, nada acontece, e "Aquilo" é Absoluto, e assim És... mas nos identificamos em ser corpo e objetos e isto se tornou vicioso, nos esquecemos da unidade, e os porquês não importam mais, a essência de tudo é recordares-te, esse é o paradoxo, o mistério do encontro... fica quieto se realmente queres terminar com o sonho de que sofres, de que precisas de salvação, de que precisas de alguma coisa, pois as portas estão abertas, sempre estiveram, e aqui tens que atravessar, ninguém o fará por ti...
Reconhece-te, pois não és movimento nem um objeto que busca a Paz, és a Paz que dá vida ao movimento, és a eternidade onde nada acontece, e o todo é apenas dança da consciência imorredoura...

Helder Santos 
(Akshara)

segunda-feira, 23 de novembro de 2015


"...Quando aceitas o agora tal como ele é, a esfera que te envolvia a um Eu, a um status pessoal e projetivo perde sua imaginada realidade, de um condicionamento passado projetado no futuro. Uma roda que parecia não ter fim cessa como um fantasma, e um derramamento de lucidez é naturalmente penetrado, e vês que para nada serve o tempo mental além de sofrimento e falsas alegrias, e que somente a entrega ao agora é a natureza atemporal, além do desejo e do medo. A cada profundez nesse agora eterno, as leis de causalidade se dissolvem, e somente a lei da graça é base real da vida livre..."

Helder Santos (Akshara)

sexta-feira, 20 de novembro de 2015


"...O tambor da serenidade e da alegria, ressoa dentro de todos os Seres como casa primeira, como casa sem parede alguma...
O tambor silencioso ressoa em meio à esta Terra como ventre materno que faz parir o renascimento do Filho Amado... 
...Escutemos rendidos à beatitude da verdade da Vida...
...Escutemos a voz do silêncio, que é a Unidade de tudo..."

Helder Santos (Akshara)

quinta-feira, 19 de novembro de 2015


Na sincera quietude sentirás que nada acontece além de uma sincronia da manifestação, ao Absoluto, ou ao imanifesto. Um alinhamento misterioso do Fogo, e aqui nesta quietude, vives a Unidade natural do Ser...
O retorno aos sentidos, no ainda vai e vem deste alinhamento, é um retorno ao que parece material, que por identificação a mantem como percepção de realidade mental elétrica, que está sendo absorvida.... 
O alinhamento silencioso é doar à imagem densa de luz, a que chamam matéria, a lembrança Divina, ou a remoção da ignorância de sua origem. 
Em resumo, não é o Ser que desperta, aquilo que É de nada precisa para ser o que sempre foi, é a manifestação densificada, ou imagem holográfica, que desperta no Ser, num casamento e numa fusão... 
Sendo a unidade além de qualquer conceito dualista, e portanto se tudo é Um, tu como centelha Divina e Absoluta, és o Absoluto que veio relembrar a esta dimensão que ela é Divina, divinizando-a, dizendo-lhe silenciosamente que sua casa é além do movimento, que ela é o Branco imaculado da Paz infinita, muito além de suas dançarinas cores...
Tu és a Paz, quer queiras ou não, tu és a liberdade mesmo que não a vejas com os sentidos, tu és Absoluto dentro de uma forma, recordando-a e casando-a ao Supremo... e será breve o retorno a esta lucidez...
A pergunta que surge dentro como urgência nestes tempos de ressurreição, para aqueles que ainda buscam, e que se envolvem com esta imagem que mais parece um passado moribundo, mas que já sentem a desconstrução e algo imenente, é uma pergunta que não tem uma resposta para esse exterior que se julgou ser, pois o exterior apenas se pode render ao núcleo, aceitando o mistério e a vida, o Ser...
Então, enquanto pessoas, se busca e se anda numa cura, pensando numa salvação e numa subida nos degraus da sabedoria, numa imagem que se percepciona fora do núcleo, e no conceito da pessoa ela não aceita muito bem que somente desaparecendo em seus conceitos ela é completamente divinizada pelo coração que lhe dá vida, nós, uns e outros e em unidade... 
É um ego cansado que busca, é um ego cansado que medita, é sempre a pessoa que QUER alguma coisa e que quer salvar outros, como se outros houvessem, e ele sabe que somente a rendição ao centro de tudo o funde e dissolve, e mesmo que não veja, o verá... pela humildade que o coração lhe imprime a todo Agora, suavemente...
Vês assim que somente o alinhamento a este núcleo que sempre fomos, a imagem é divinizada, e o retorno á lucidez é pleno, não no caminho das palavras e livros, pois aqui é o mundo da percepção, e a unica porta é o coração unificado, a unica sabedoria plena, nenhuma outra...
Na visão do Coração acabam os lados, fora ou dentro. Na visão do coração, silêncio e movimento são uma dança de cores unas... e este é muito do paradoxo deste mistério...
O reconhecimento é também uma observação e contemplação, de que não pode existir algo que vá de fora para dentro, pois antes de existir um fora, o dentro já teria que existir por certo, então onde se busca? quem busca? o que se busca?... é uma rendição pessoal à unidade...
Nesse dentro, ou fonte, somente um Ser é existência, e é o que buscas desesperadamente como ponto silencioso de Amor e Paz.
A pessoa acha estranho não existir caminho, ou quando um ser liberto da forma e dos apegos, afirma não existir um caminho, apenas porque o abandono e reconhecimento em nada ser fora deste núcleo, faz a fusão, e assim a lucidez deste núcleo de vida refaz e inverte a percepção de ser uma pessoa para a vivência desta mesma fonte "na pessoa", e o retorno lhe faz ver, além da visão , que nada nunca aconteceu além de Amor e Paz de Um apenas Ser dentro da manifestação, dando-lhe a lucidez que nunca houve caminho para lado algum, se não de uma mera percepção...
O momento planetário é a dissolução completa do esquecimento desta fonte em que nos engajamos, e da sensação de buscar e ser algo fora de Si como experiencia, em serviço e sacrifício pelo nosso Pai, ou o Absoluto, para retornarmos a Ser a plenitude desse Branco do Amor seja em que vibração ou dimensão for...
O tempo das palavras está a terminar, se já não terminou, e o tempo do apelo é cada vez mais iminente, o tempo do verdadeiro encontro da unidade, e é preciso atravessar essa porta do Coração, que tanto procuras num exterior, mas que está no centro do centro, e aqui, é encontrar o SER, a felicidade, a alegria, a unidade de tudo... essa porta está em nós, sempre esteve, como unica porta, como unica redenção ao Sagrado, como sincronização dimensional. 
É o Coração que além de um fazer, em tudo vive...
A luz redime, e até à rendição total, somente o silêncio pode sincronizar, porque enquanto te envolves com uma ilusão, estás dentro dela, seja julgando, seja tentando salvar, seja reconstruir uma dimensão prestes a finalizar para um planeta, e que se eleva ao Aqui e Agora Cósmico unificado... 
Enquanto não sais de cena, és ator de um teatro ardendo no fogo sagrado, onde o alinhamento a este fogo é no silêncio que se sincronia, e não no que barulhento das memórias da mente e suas referencias de bem e mal...
O que está por dentro deste alinhamento é além do bem e do mal, é o belo misterioso, é a paz suprema do Amor...
O apelo da Mãe de todas as centelhas já é escutado no inteiro, deixa que ela te abrace, deixa que ela te beije e te afague em seu manto puro, para que sejas o Filho Cristalino, porque nós todos somos os Filhos ardentes deste Sol... 
"...Aquieta e comunga com o ventre deste planeta que retorna á Liberdade da Multidimensionalidade do Verdadeiro Amor, da verdadeira Luz sem reflexos..."

Helder Santos (Akshara)

quarta-feira, 18 de novembro de 2015


"...não forces, sê apenas flauta por onde o sopro é emanado. sê apenas o silencio perante o grito da Vida... o esforço em seres algo leva-te ao labirinto da amnésia da separação... não te esforces em imaginares ser algo diferente do que apenas unidade. Entrega as rédeas e inspira a luz do Grande Espirito Absoluto..."

Helder Santos (Akshara)

domingo, 15 de novembro de 2015


"...Uns farão a guerra e outros festejaram a alegria do êxtase, a alegria da liberação em sua totalidade. A luz dissolve o que foi criado como percepção ilusória de separação e sua fragmentação elementar, mas além de tudo isto, e por trás de todo este processo, além de qualquer visão, o Ser está quieto e em total beatitude, uma imensidão de Paz e silêncio que movimento algum pode perturbar. Aqui reside o mar da Paz, aqui reside o oceano sem fim, aqui reside a eternidade, e isso não é alhures que se vive, é bem no centro de tudo... Agora...!

Helder Santos (Akshara)


Foto: Nguyễn Hoàng Nam

quinta-feira, 12 de novembro de 2015


No momento em que internamente é sentido, no verdadeiro sentir, que se é a própria vida, muito além de se viver uma vida, tudo fica claro que o buscador e a busca eram apenas personagens.
Um sorriso franco e pleno é manifestado, e vem a certeza de " Como demorei tanto tempo sem ver o que estava mesmo aqui?"

Esta nunce de abandonar tudo, vai certamente se acentuando, pois mesmo lendo tudo e falar tudo, consultar mestres e todas as terapias, há uma frustração de não se sentir livre e liberado, e parece que nada acontece para "Ser apenas"
Voltar a ser uma criança, é não ter um pingo de fardos e carregos de como se deve fazer, de passados, de futuros. Voltar a ser uma criança é Ser a alegria plena do momento seja em que dimensão for, com ou sem corpo, e se estabelecer no Amor contemplativo da presença, o Cristo... É doação à Fonte viva, é Ser a própria fonte lumínica que respira Luz... É Ser a própria Luz silenciosa sem corpo, mesmo que ele ainda esteja manifestado...
Ser criança é ser o beijo e o sorriso do absoluto em toda a manifestação sonora interdimensional, é Ser a Voz do Silencio na natureza do sopro Divino... Ser Criança é Ser Krishna, Cristo, Buda, o nome não importa, é Ser o Filho do Fogo, o Filho da Água Cristalina, que nada vê além do Amor de Seu Pai em tudo e em todas as centelhas...


Helder Santos (Akshara)


terça-feira, 10 de novembro de 2015


Houve um apego incrustado ás memórias de ser isto e aquilo, de vivenciar experiencias limitadas dos objetos. A luz deste Agora planetário, mais do que propor, ela invade os campos temporais de um espaço que se propôs ao esquecimento. A causa primeira de todo o jogo foi o medo, e tendo o desejo como parceiro. a visão de bem ou mal fez a ilusão da experiencia, a ilusão da reflexão de uma aparente realidade, pois o verdadeiro Amor não tem escolha dualitária, ele é apenas o Ser em sua natureza ignea. A luz branca do Amor Absoluto redime em sua verdadeira beatitude, toda a ilusão montada, levando o Ser que se parecia esquecido, á casa de seus Pais, a casa de onde nunca saiu... percepção apenas... e uma fusão aparente entre o Absoluto e a imagem de uma experiencia se perfaz...
A festa do reencontro está já a ser vivida pelas almas que se diluem em seu Coração, que viram no mundo uma fantasia, e ancoraram na irradiação de seus corações, a gota Cristica em seu núcleo para que somente a Paz seja a própria Vida e contemplação em toda e qualquer experiencia...
"Eis que o Amor do Cristo crava sua espada da alegria no Coração do Planeta, levando-o ás moradas de seu Pai, regando sua Água Cristalina nos pés das sementes, para que voem ao centro da Alegria, ao Centro do Êxtase, o seu próprio Coração Absoluto"

Helder Santos (Akshara)

Foto: Taylor Photography

segunda-feira, 9 de novembro de 2015


"...Somente o silêncio remove todas as máscaras da imaginação de sermos alguma coisa individual e separada..."

Helder Santos (Akshara)


sexta-feira, 6 de novembro de 2015


"...O Ser é a Paz dentro da forma, mas o Ser é informe, e é uma total distorção julgar-se uma forma que busca a Paz. É pois a inversão necessária da visão, onde somente ali os lados desaparecem, interior ou exterior. A visão do coração é o próprio Ser, qualquer outra é conceitual e ambígua, percepção sem durabilidade, irreal portanto. A crença de salvar o pequenino Eu, faz assim o emaranhado de conceitos e crenças. 
Abandonar a forma como real é já diviniza-la ao Coração eterno, é cura-la de seu esquecimento, é aqui que o templo cumpre seu propósito, não por alimenta-lo de fazeres, mas silencia-lo ao Divino... "

Helder Santos (Akshara)


Imagem: Martin Mark

terça-feira, 3 de novembro de 2015


"...O Absoluto toca a música de seu Silêncio, independentemente de qualquer forma ou criatura que o oiça. O Absoluto é a Vida alegre dentro de tudo..."

Helder Santos (Akshara)




domingo, 1 de novembro de 2015


A ultima visão desfragmenta todas as visões. A ultima visão é amplitude sem olhares, é sapiência sem percepções, e portanto é também a primeira visão, aquela sem adornos. A Ultima visão é o re-estabelecimento no Amor, é o re-estabelecimento na Paz nunca nascida. A ultima visão sendo a primeira, é reconhecer-se e dissolver-se à contemplação unica e absoluta no Amor indizível.

Helder Santos (Akshara)


sexta-feira, 30 de outubro de 2015


"A presença absoluta é imensidão, é Graça, é isente de objeto, além de qualquer envolvimento, pessoal ou objetivo, se não aquele do êxtase, se não aquele do Amor sem visão distorcida."

Helder Santos (Akshara)

quinta-feira, 22 de outubro de 2015


O Êxtase é fonte que não cessa...
Esta fonte é o Amor intocado e sem visão, é o Ser...
Quem é então aquele que quer alcançar como objetivo a plenitude do Amor, num objeto que vê e que quer alguma coisa, algum fundamento e substância naquilo que é intocável? 
O que É, nada quer e nada vê... O Ser é ante a própria consciência, pois é vazio sem reflexo, transparente e abandonado na permanência Absoluta...
Reconhece-te na quietude, e cessa o esforço...

Helder Santos (Akshara)


Foto: © Jeroen Oosterhof

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Será que realmente o Ser está a mover-se?
O que permaneceu perante as experiências do corpo no tempo?
Imagens... apenas imagens passaram na tela da consciência, e o que permanece agora depois do que pareceu um movimento?
... silêncio, apenas silêncio...silêncio absoluto consciente...assim é o que é...
O apego ás imagens faz a prisão, e liberação é liberar-se da crença que elas existem como realidade, liberação é desapegar-se da irrealidade, pois o Ser é livre por natureza, sem corpo e imagens, sem nome e atemporal...

Helder Santos (Akshara)

Foto: © Sam


quarta-feira, 30 de setembro de 2015


Sabendo-se informe e atemporal, apenas um observador permanece da mente e corpo. O objeto da meditação que busca a Paz é observado simultaneamente como irreal, e somente a quietude e felicidade, perante o movimento, se torna permanente e estável, onde todas as perturbações são vistas como transitórias, e portanto falsas. 
A Graça e a presença se estabelecem como a unica realidade do Ser...  

Helder Santos (Akshara)

terça-feira, 29 de setembro de 2015


Liberação é despir a roupa de todas as percepções da pessoa, e ficar nu perante o Ser. Somente nesse momento a dúvida termina, e és o Fogo da paz que nunca deixaste de Ser, e até mesmo a sensação de liberação era apenas uma experiencia...
Como pretendes viver a plenitude do Coração, mesmo num corpo perecível, sem mover um milimetro da percepção do medo, do desejo, das emoções e dos pensamentos da pessoa, que nem sequer te pertencem? 
A crença de seres uma pessoa é falsa, e é o medo de perde-la que cria um muro para o voo da liberdade...
A pergunta é intima dentro de ti, e ou ela te leva ao infinito, ou fica pelas vestimentas a que te apegaste... Silencia e escuta...


Helder Santos (Akshara)

segunda-feira, 28 de setembro de 2015


Toda a presença nestes restantes tempos, é uma sincronização da eternidade do Coração, ao efêmero das formas, e a inevitável transformação para a liberdade lúcida das dimensões. 
Repara, a pseudo-encarnação, e principalmente esta ultima, foi um face a face fugaz a esta sincronicidade, entre o efêmero transitório, e o eterno no centro cardíaco. A cada dia e a cada segundo deste relógio temporal travestido, a luz te revela que és quietude, que és presença cósmica de um Absoluto infinito...

Helder Santos (Akshara)

segunda-feira, 21 de setembro de 2015


O humano é um acumulado de sensações. Sensações elétricas ás quais se apegou e cristalizou, se fixando num sonho onde ele mesmo quer buscar a luz e a misericórdia além de sua sensação, de seus pensamentos e percepções. O humano desta terra, apesar de toda a falsificação electromagnética que o corrompeu de sua Unidade, é levado a parar e a acordar para aquilo que é além da eletricidade e de suas falsas sensações projetivas. É levado a sentir aquilo que está além de qualquer projeção e de qualquer sonho, de qualquer toque ou visão. Ele é convidado a retornar á ilimitação de sua consciência, á ilimitação do seu Amor, que não é deste mundo, e nem é humano. Ele é convidado a sair da projeção sensorial, e a mergulhar no interior de sua casa infinita.
Visto que o sonho desta projeção elétrica, que é segura apenas por cada mente deste planeta, ele se dissolve permanentemente a cada mente que silencia e se entrega á ilimitação do coração. Na paragem de um coletivo, na paragem dos processos mentais que seguram uma projeção, nada mais pode alimentar uma corrente eletromagnética, findando assim, a cristalização imaginada, dando a fluidez á consciência que se projetou a se unificar ao presente, ou a renascer no Cristo, ilimitado e fluido em todas as dimensões do Amor Absoluto.
Cada pensamento, cada projeção, cada julgamento, estão sendo desmaterializados e dissolvidos pela luz pura misteriosa e amorosa.
Quando você ignora seus pensamentos, emoções, e percepções pessoais, mais o electromagnetismo coletivo, perde sua força e se entrega ao presente Crístico, e esta é a unica cura possível da projeção alucinada deste filme.
A partir do momento que você quer curar, "Outros" seja por terapias, seja por intenção pessoal, você reforça o electromagnetismo projetivo que gira em círculos, e claro, cada vez que você julga o outro através desta sensação eletromagnética e sensorial, nada mais é do que sua própria sensação eletromagnética que não está rendida à luz ilimitada, pois no interior desta ilimitação, não existe outro se não tu mesmo, centelhas Divinas, Unas no oceano lumínico da Fonte.
A sensação de outro é falsificada pela eletricidade sensorial que há outro que pensa, que há outro em outro corpo, que há outro para curar na visão que se é uma pessoa e que existem outras pessoas. Então, quem quer curar o quê? quem quer despertar?, quem anda querendo tudo e mais alguma coisa? quem quer se iluminar? quem anda estudando o quê, para chegar onde? e pior, quem são estes outros? Pontos sensoriais do electromagnetismo, que vivem uma experiencia de separação num planeta, porque o que reside dentro de cada peito, não é de planeta algum, é centelha do mesmo oceano...
Só fazendo desaparecer todas as sensações sensoriais da pessoa, você acorda realmente do sonho projetado, individual e coletivo.
Não tem outra porta de saída se não a da paragem elétrica sensorial e adentrar a porta do coração ilimitado, que é além de qualquer sentido e forma, além da pessoa e mundo, e além de uma transição, o que se passa aqui, é uma dissolução de uma ilusão, dando lugar ao Ser Cristico, dentro de cada Um...
No momento que você tem uma intensão pessoal, projetada da mente separada, você está na prisão eletromagnética, ou Maya, que em Graças se desmorona agora, se dissipando na luz atemporal da presença do amor, o Cristo Absoluto...
Quanto mais resistência a entregar a sensação pessoal, medos, desejos, emoções, mais você foge da sua natureza primordial, a Vibração maior da sua consciência Una, o Amor... e não é lutando com isto que se dilui, é Silenciando, é no silêncio que o branco primordial, apaga toda a eletricidade sensorial e te leva ao colo de teu Pai...
Helder Santos (Akshara)
Foto: Kokatahi, New Zealand

terça-feira, 15 de setembro de 2015


Aquilo que és realmente, não necessita de nada, principalmente do que imaginaste ser. É como imaginar que o sol precisa da autorização de uma mente dualitária para acender ou não acender. Quem anda numa periferia pessoal buscando a realidade eterna, sonha que anda a nadar fora de água, porque teima em pensar que o coração é algo visto perante um caminho pessoal para ser alcançado, e isto é a diferença unica para que a visão não se reverta definitivamente. O Amor é indivisível, e pensar ,se quer, que ele precisa do visível para ser mais ou menos amor, é um engano tremendo da consciência da pessoa fragmentada e limitada, principalmente dos que imaginaram ser despertos, por um acumulo e trabalho mental, o que pouco importa nos correntes tempos, a luz de nada se importa com tudo isso. Tu andas na busca porque queres salvar a pessoa, é o pequenino eu que quer buscar sua eternidade, e nada do que ele possa fazer ou imaginar, mesmo o ego mais espiritualizado, e também o mais perigoso, lhe faz abrir o Coração omnipresente, e este é maior engrama bloqueador da fusão elementar. Durante um longo período, houve marcadores, talvez ensinamentos fundamentais, não para levar o aprendizado, ou aquilo que aprendeu, para algum lugar alhures, mas unicamente para que o abandono da limitação fosse facilitado, silenciado, e aliviado, a se rendesse á ilimitação do Coração. Uma das principais manobras da mente, pois ela é muito engenhoca, é se reiniciar a cada posse, ela toma o aprendizado e se reconstrói, ela se galvaniza para uma nova etapa que a pode salvar, que reinicia um novo tempo, um novo ciclo, uma nova ilusão, um novo sonho temporal, que a possa fazer principalmente, mais poderosa e hábil, por medo de sua morte, e em ultima instancia, se apodera da luz para seus próprios fins, uma ilusão luciferiana incutida na célula carbonada, um código distorcido pra o exterior, que em Graça a Luz pura o alinha para o coletivo desta terra...
Nos dias correntes de uma transição fenomenal, as manobras terminaram, mesmo que ela ainda não tenha aceite generosamente para um coletivo, mas o que chegou, e é preciso atender a isto, foi o amor em sua pureza, o Cristo, a Unidade, a presença cósmica, a vibração maior da Fonte Una, e esta, com ou sem manobras mentais, leva para as água cristalinas, todos os pequenos jogos limitados, sem autorização de nada e nenhuma mente, mesmo as que imaginam salvar o mundo da ilusão mental, mas que ainda se iludem no electromagnetismo prestes a findar, pouco importa afinal.
A magnificência do que aqui chegou, é perfeitamente ilógico e descompreendido da limitação deste jogo, e o que resta afinal para a total rendição a isto?....não falta nada, a consumação se fez no inicio de tudo, e no final de tudo, na atemporalidade da unidade, é esta a aceitação final, ser nada perante o amor... Está consumado, como sempre esteve, e nada trava o Amor Uno e Absoluto. Quem poderá sofrer se não aquele que receia perder sua pequena pessoa, que se apodera de tudo para manobrar no jogo? quem poderá esperar chegar ao Coração Átmico, se não aquele que tem esperança de se salvar, e que se julga mais merecedor que outro alguém? 
Tu não necessitas de salvamento nenhum,tu talvez necessites de deixar a ideia e a crença de seres poderoso numa fixação elementar, de deixar a ideia e a crença de seres um objeto que chega ao coração, e silenciosamente te reconheceres seres "Nada" no Coração Absoluto, que nada quer, que nada falta, que em nada crê ser isto ou aquilo, e te sentares ali definitivamente. Esta mudança de visão, faz girar e fusionar os elementos á redenção Una, e não a tentativa pessoal de fazer a mesma. 
O mais engraçado de tudo, é que os peregrinos querem o desconhecido, mas não soltam o conhecido e seus engramas, suas forças aprisionadoras e confinantes, e ou é um ou é outro... não há dois tronos..."
Observe meu irmão, quanto mais te entregas ao nada, mais o que És realmente te absorve ao casamento elementar e te facilita uma passagem dimensional brilhante que acontece neste canto de universo.
"Tu já És, é a ideia que não És e quereres alcançar alguma coisa, que resiste a este matrimonio Crístico, pois voltar a ser uma criança, é ser o próprio amor nas Águas Divinas..." 
Om Tat Sat


Helder Santos (Akshara)

sexta-feira, 11 de setembro de 2015



"Liberar-se da ideia de liberação, é uma grande expansão e um alivio, para a pessoa claro, não para ela se afunilar no movimento mental, mas para cada vez mais, o estado de neutralidade e presença absorver todo o espaço e todo o tempo..."

Helder Santos (Akshara)

quinta-feira, 10 de setembro de 2015


São apenas percepções, de que és a estrada, o caminho, a verdade ou a ilusão, o peregrino, etc.. mas será que escolhes algum deles? ou é a percepção destes que surgem a ti, e se vão dissipando, até à lucidez de que és Silêncio e a Paz dentro de Tudo...!?!
Há uma sensação de caminho, mas para onde !?! 
No instante que o " Quem sou Eu, e para que serve isto e aquilo" surge, o caminho termina, o caminhante fica quieto, e somente o Ser permanece, 
...e És apenas... Sem caminho e direções, presença Unificada...!

Helder Santos (Akshara)

terça-feira, 8 de setembro de 2015


Os passarinho só podem sair da árvore quando estão prontos para assumir o voo que os libera. A árvore não os prende, o céu não os prende, é em seu interior que está a força da liberdade, a explosão e a coragem pelo desconhecido. Sua natureza é voar, e eles sabem que não ha alternativa e fuga, apenas adiam esse momento, e até ali, seu coração tenro bate velozmente, para se transformar numa estrela dos céus...
Ninguém pode assumir teu voo, tu és a liberdade omnipresente, a Paz nunca nascida. Arvore e céu então dentro de ti, e tu decides esse reencontro. Enquanto buscas a liberdade no mundo, receias o teu próprio voo, atemporal e silencioso.

Helder Santos (Akshara)

sábado, 5 de setembro de 2015


"Aquilo que buscas é o que tu És, tão perto e simples, mas a disposição daquilo que busca em morrer para a busca, é uma negociação sem fim.
Enquanto manobras no jogo, mesmo espiritualmente, num malabarismo de cura e reconhecimento, tu fazes parte do jogo, e o que És é além do jogo.
Apreender isto é ter sinceridade para o re-encontro, além de fenômenos e poderes, é seres levado ao abismo e te lançares, sem truques e negócios."

Helder Santos (Akshara)

Foto: taba - South Sinai -Egypt

sexta-feira, 4 de setembro de 2015


O desembaraçar de uma corda que te prende, e que a ela te envolveste, não se faz pela força. Se lutas com ela, é porque acreditas que ela existe.
Não há corda realmente, é uma imaginação de sua realidade, e neste ponto, ela dissolve-se... e neste momentUm reparas que nunca tiveste preso...

Helder Santos (Akshara)

quinta-feira, 3 de setembro de 2015


Queres ler sobre o Amor, queres aprender sobre o infinito, e ler de tudo o que te possa levar a algum lugar, mas uma Flor continua a emanar seu perfume, em Amor, na sua paz imorredoura, em sua natureza Divina...
Quem lê o quê, se tu és o Sopro da Vida? Quem busca quem se és fruto da Unidade? Quem quer sabedoria afinal, se em teu núcleo está a Fonte imaculada? 
Se És Filho do Silencio, porque te sondas longe de ti?
Deita-te no vento, e escuta a tua imensidão, desposa-te no colo de teus Pais... 
"És Absoluto, que mais poderias ser...!?!"

Helder Santos (Akshara)


Aceitar ser cruzado pela Espada, é aceitar a morte da ignorância do esquecimento. Esta espada é uma espada de Amor, é uma espada que traz a lembrança da Fonte Original, é uma espada que transmuta todo o elemento limitante,  à recordação Divina. A Espada aqui é um simbolo, e os guerreiros sabem disso, afinal eles apenas tem um único objetivo, morrer antes de morrer, para assim encontrar a vida una....
A espada é Luz, aceitar morrer por ela, é render-se ao Absoluto do Coração, é aceitar voar no desconhecido como borboleta de Fogo puro, é saber-se "Aquilo" e assim, dissolver o caminho para Aquilo que sempre se foi, infinitamente...


Helder Santos (Akshara)

segunda-feira, 31 de agosto de 2015


Na medida em que os adjetivos sobre isto ou aquilo, dos objetivos de ser alguma coisa, se evaporam no vazio, uma imensidão de silêncio surge como sapiência... Aqui é o momento atemporal do estado de Ser, e mesmo que seja um alivio da efemeridade, tu sentes em meio a ela que nunca saíste de casa... É nesta dissolução de qualquer estado, onde somente a Paz suprema é rainha de tudo...

Helder Santos (Akshara)


A luz veio-nos chamar ao que sempre fomos. A luz veio-nos remover os muros ao qual estivemos identificados distorcidamente,,, 
A luz vei-nos dizer silenciosamente se estamos dispostos a nos casar com nosso centro, a nos render absolutamente à Graça do Amor incondicional... A luz em sua beatitude, nos chama a despir o barulho de uma ilusão, e retornarmos a Ser a presença, a unidade Absoluta... 
Há um posicionamento a ser estabelecido. Esse posicionamento requer uma rendição sem condições, um rugido silencioso de um leão com saudades de sua casa luminosa, e vos digo meus amados, o paraíso não é deste mundo, tal como vós não sois deste mundo, ele se encontra no centro de cada Ser, no núcleo de cada peito... O paraíso é essencialmente de luz pura radiante em cada um de nós, imaculado e infinito, e ali estamos unidos por Um Coração Brilhante...
A festa do renascimento chegou, teu fato sem costuras está alinhavado, e eu pergunto amorosamente, porquê continuar a sentir-se o medo de uma dualidade prestes a findar,, se tu és o Amor Unitário? porque quando a festa da alvorada raiar, quando o Sol brilhar no centro de ti, nada mais restará se não esse Amor que sempre fomos, uns e outros Aqui e Agora, e infinitamente...
A Graça de Ser? ou a ilusão de Ser?... 
No silêncio a realidade aparece sem nuvens...

Helder Santos (Akshara)

domingo, 30 de agosto de 2015


O passado é como uma nuvem ao qual te identificas-te por habituação e medo de a perder. Ela já não existe realmente, é apenas a visão que a faz manter na tela da mente, criando um véu para a luz sem reflexo que está sempre presente. Quanto perdes a percepção destes estados viciosos, a visão é clara, na verdade não é uma visão, não é um estado, mas uma amplitude da presença unificada, sem tempos e identificações, enfim, a liberdade sem visões...

Helder Santos (Akshara) 

sábado, 29 de agosto de 2015


O que És não pode ser visto, este é o paradoxo no qual o Eu não aceita, ele quer compreender o incompreensível, e anda em círculos, estudando, numa vontade de se curar, amontoado em terapias e técnicas, e esta vontade é uma prisão...
Este posicionamento fica na periferia de um querer do reflexo, uma vontade do personagem, e a pergunta é uma só, se estás disposto a perder o que sonhaste, para viveres lucidamente em Graça, o Ser Divino que És...!?! 
Somente a renuncia à imaginação do personagem tu encontras a simplicidade que nunca saio de ti. 
Tu sabes que és Aquilo, então porque não entras diretamente na porta desse Fogo ardente que dissolve o sonho? 
...as portas estão abertas, nem precisas bater nessa porta, o Amor da Unidade já te a abriu... 
A unica Sadhana é a quietude plena para esse reencontro... 

Helder Santos (Akshara)

quarta-feira, 26 de agosto de 2015


Uma praia surgiu no campo da consciência do Ser, ele tomou corpo e sentidos para sentir aquela areia, seu toque, seu cheiro, seu calor...
O apego a esta praia, criou um vicio da experiencia e o medo da perda da mesma, uma força que não quer ver o mar de sua origem. Até que o cansaço aparece como antidoto, o conhecido deixa de fazer sentido, a mente se rende, e é inevitável seu retorno ás águas silenciosas de onde nunca sequer saiu... e a praia se une ao oceano, ilimitado e informe...
Tudo é uma coisa só, mas a resistência faz a ilusão de duas coisas...

Helder Santos (आग दिल)

Foto: Jericoacoara Beach, Brazil

domingo, 23 de agosto de 2015


A Luz vem dissolver o que pesou. A luz vem diluir os fardos dos apegos, dos conceitos pessoais. A luz vem portanto, dissolver toda a projeção conceitual, da fixação da pessoa, baseada em envolvimentos passados, e numa conquista futura, no que parecia uma busca sem fim... 
...e será o fim da ilusão...
A Luz vem enfim, te devolver o que nunca saiu daqui, a presença atemporal da Fonte eterna...
A Luz vem te tocar no ombro, e ressoar em teu coração, te dizendo no silêncio que tu és o Filho eterno da Unidade...
A luz vem suave, não só te mostrar as folhas luminosas do jardim, como assinalar graciosamente que tu És a Árvore da Vida...


Helder Santos (आग दिल)

sexta-feira, 21 de agosto de 2015


Quando reencontras aquilo que é silencioso vivendo em tudo, teus braços se abrem e as direções terminam... 
O vazio te toma, e és pássaro ao vento, és flor de tudo, és perfume abandonado...

Helder Santos (आग दिल)


"No fogo que aclara todas as formas 
No braseiro que afaga o coração
Dança a luz eterna... 
cantam as vozes do silêncio..."
Helder Santos (आग दिल)
30.8.2013

quinta-feira, 20 de agosto de 2015


Enquanto te sentires ator, estás envolvido num roteiro e a um filme. Enquanto reages, enquanto te emocionas e desejas coisas do filme, te aprisionas e te identificas a uma bateria que se regenera a cada vez que te atrais por ela. Liberta-te de todos os fardos em que acreditas-te, e rejeita o barulho que te invade desta bateria limitante... 
Eu vivo sem esperanças no jogo de bem e de mal, eu morri para a bateria que alimentava um holograma de tempo, e morrendo pra isto, me sentei num trono atemporal, num manto branco de um oceano ilimitado de Amor.
Deixa teu peito queimar todos os fusíveis pois a porta do Fogo está aberta como nunca esteve... arrisca o efêmero pela eternidade... ...é a tua natureza luminosa...

Helder Santos (आग दिल)

quarta-feira, 19 de agosto de 2015


O que é o sentido de separação se não uma apropriação de uma crença...!?!
Descarta a fonte de todas as crenças e telas de projeções, abandonando-as como irreais. A separação das águas nunca foi Real, se não de um apego ao pensamento projetivo, dando uma ideia de separação. Tu és Divino e não ideias. Se teu fervor é seres o que És, liberta-te das ideias e roupas individuais...
Aceita o silencio do Agora e fica em casa, sem tempo e sem espaço... 
Tu és Uno nestas águas...

Helder Santos (आग दिल)


Foto: Indonésia



A tentativa de ser isto ou aquilo, amar ou não amar, será sempre frustada, o que tenta ser é irreal. Somente nesta frustração tu silencias, e verificas que apenas te podes render a este Absoluto Amor sem imagens e sem corpo. É o que És e sempre foste... Quietude... Além do Absoluto, tudo é apenas sonho...
A última presença é também a primeira... inamovível...
Helder Santos (आग दिल)

segunda-feira, 17 de agosto de 2015


O medo advêm da projeção da mente, ela se projetou do Ser, e esqueceu a sua origem. O medo então surge neste esquecimento, onde a mente borbulha nos objetos, tentando encontrar a sua Fonte, a sua origem. Ela busca na sua própria projeção a fonte de tudo, ela não concebe, em sua limitação, que a Fonte esteja além da sua capacidade. Nesta limitação ela invoca este mecanismo de medo,projetivo e logo irreal, de regressar a algo que ela, devido a seu esquecimento, ela não conhece e tem medo, pois será a sua morte, pra ela a morte, pois perde o poder da projeção objetiva.
No momento que ela entrega a sua busca, rendendo a sua limitação ao não movimento, ao silêncio absoluto, tanto das palavras, como do movimento desta força que gera os pensamentos, um processo de mistificação, de absorção de todos os campos efêmeros começa a acontecer. O Ser Real, que nunca se moveu dali, em seu silêncio e Amor, absorve e transubstancia a projeção, à presença imorredoura. A substancia esquecida, se casa então com a originalidade da Luz Pura, a Presença Divina e Absoluta. 
Somente a renuncia definitiva e completa à sua objetivação, se entregando ao silêncio, á porta de toda a luz, ela se pode fundir e dissolver, não havendo lugar para Dois, ela e o eterno, pois a Unidade é a existência real do todo.
A Presença da Existência Divina, regressa a este Sol, não que algum dia tenha saído, mas ela absorve todo o campo projetado, ao Amor silencioso da Fonte, e esta projeção, tal como o projetor, se dissolvem nesta presença, devolvendo a total lucidez ao Ser Original. Eis que a projeção termina, eis que a Presença do Amor, ou o Cristo de tudo, se instala definitivamente neste Sol, dissolvendo e ascendendo a consciência projetada, à luz Original... 
Quieto e silencioso é a porta para o que sempre foste de toda a eternidade...
Helder Santos (आग दिल)