A cura de toda a dicotomia, essa, é a luz adamantina e cristalina em sua inteligência e sua Graça, que misteriosamente a concretiza.
A Cura vinda da pessoa é intencionalmente, mesmo que inconsciente, dicotômica, logo é dual, girando entre o que é chamado de astral e seus envelopes, na percepção de 2, eu e o outro, ilusório portanto. Somente desaparecendo a pessoa, a luz atua, o verbo criador amoroso se expande e reunifica a dicotomia elementar, aos elementos primordiais. Ali, somente a presença como verbo É, sem pessoa, sem a intenção dual e mental. Acolhendo silenciosamente o verbo criador, neste desaparecimento do que é dicotômico, a fusão é estabelecida, curando assim, somente pela presença, toda a dualidade no que possa parecer um exterior.
Voltar a Ser como uma criança e sua inocência , é saber-se intimamente pela vivência , que é o verbo criador, que atua, e não mais uma pessoa. Ser a Vida, mesmo na pessoa expressa e além da pessoa...
Sair da cura elementar intencional, e abandonar-se ao Coração primordial, é já curar-se, ou fusionar-se elementarmente, e expandir pela presença ígnea, a cura coletiva.
Buda disse, cura-te e curarás o mundo...
Jesus disse, o reino é dentro de vós, não sois deste mundo...
O mundo julgou que a cura é dentro do percebido, a mente, mas ela é sem tempo e além do pensamento da pessoa, se estabelecendo no Coração Tríplice, que vive em todos, em Unidade, e em Absoluto, no núcleo sem forma e percepções...
Eis a Graça, eis o estado sem estado, eis o Branco imaculado, com ou sem forma, nada é mais limitado, e no abandono e entrega a esta Graça, na firmeza e coragem de desaparecer como pessoa, que a Graça se estabelece, mesmo em meio à pessoa, e ela nunca poderá perceber isto, e só terá a vivência disto, depois de entregar sua ignorância limitada à sabedoria ilimitada do Coração...
A mente pensou que sair da Ignorância era ler e curar-se através da sabedoria do mundo, mas esta fusão só tem lugar, na unica porta de sua limitação e reunificação, a do Coração de Diamante e Luminoso, por onde jorra e sempre esteve ali, a Água da Vida...
Nela só poderá haver marcadores para se estabelecer ali, no silêncio, na atenção que ali se entrega e se funde, nada mais é necessário, além da Devoção a isto, pois a devoção em meio a ela e seu exterior, fica pela dicotomia e crença a toda a limitação...
Salve
Paz a todos...
Helder Santos (हार्ट आग)