sexta-feira, 27 de novembro de 2015


Até que a atenção seja portada a algo, nada acontece. No momento que portas a atenção, um movimento surge, tu chamas mente, que duração tem este movimento? para onde vai realmente?
... e ele inevitavelmente termina, mas verificas que em todo o movimento há uma presença que suporta todo o movimento, a isso chamamos consciência, ela não é palpável, ela não tem nome, ela é omnipresente, ela és tu e eu, sem eu e sem tu, ela é a Unidade, ela é o silêncio eterno... a própria Vida Una...
Até que a atenção seja portada, nada acontece, e "Aquilo" é Absoluto, e assim És... mas nos identificamos em ser corpo e objetos e isto se tornou vicioso, nos esquecemos da unidade, e os porquês não importam mais, a essência de tudo é recordares-te, esse é o paradoxo, o mistério do encontro... fica quieto se realmente queres terminar com o sonho de que sofres, de que precisas de salvação, de que precisas de alguma coisa, pois as portas estão abertas, sempre estiveram, e aqui tens que atravessar, ninguém o fará por ti...
Reconhece-te, pois não és movimento nem um objeto que busca a Paz, és a Paz que dá vida ao movimento, és a eternidade onde nada acontece, e o todo é apenas dança da consciência imorredoura...

Helder Santos 
(Akshara)

segunda-feira, 23 de novembro de 2015


"...Quando aceitas o agora tal como ele é, a esfera que te envolvia a um Eu, a um status pessoal e projetivo perde sua imaginada realidade, de um condicionamento passado projetado no futuro. Uma roda que parecia não ter fim cessa como um fantasma, e um derramamento de lucidez é naturalmente penetrado, e vês que para nada serve o tempo mental além de sofrimento e falsas alegrias, e que somente a entrega ao agora é a natureza atemporal, além do desejo e do medo. A cada profundez nesse agora eterno, as leis de causalidade se dissolvem, e somente a lei da graça é base real da vida livre..."

Helder Santos (Akshara)

sexta-feira, 20 de novembro de 2015


"...O tambor da serenidade e da alegria, ressoa dentro de todos os Seres como casa primeira, como casa sem parede alguma...
O tambor silencioso ressoa em meio à esta Terra como ventre materno que faz parir o renascimento do Filho Amado... 
...Escutemos rendidos à beatitude da verdade da Vida...
...Escutemos a voz do silêncio, que é a Unidade de tudo..."

Helder Santos (Akshara)

quinta-feira, 19 de novembro de 2015


Na sincera quietude sentirás que nada acontece além de uma sincronia da manifestação, ao Absoluto, ou ao imanifesto. Um alinhamento misterioso do Fogo, e aqui nesta quietude, vives a Unidade natural do Ser...
O retorno aos sentidos, no ainda vai e vem deste alinhamento, é um retorno ao que parece material, que por identificação a mantem como percepção de realidade mental elétrica, que está sendo absorvida.... 
O alinhamento silencioso é doar à imagem densa de luz, a que chamam matéria, a lembrança Divina, ou a remoção da ignorância de sua origem. 
Em resumo, não é o Ser que desperta, aquilo que É de nada precisa para ser o que sempre foi, é a manifestação densificada, ou imagem holográfica, que desperta no Ser, num casamento e numa fusão... 
Sendo a unidade além de qualquer conceito dualista, e portanto se tudo é Um, tu como centelha Divina e Absoluta, és o Absoluto que veio relembrar a esta dimensão que ela é Divina, divinizando-a, dizendo-lhe silenciosamente que sua casa é além do movimento, que ela é o Branco imaculado da Paz infinita, muito além de suas dançarinas cores...
Tu és a Paz, quer queiras ou não, tu és a liberdade mesmo que não a vejas com os sentidos, tu és Absoluto dentro de uma forma, recordando-a e casando-a ao Supremo... e será breve o retorno a esta lucidez...
A pergunta que surge dentro como urgência nestes tempos de ressurreição, para aqueles que ainda buscam, e que se envolvem com esta imagem que mais parece um passado moribundo, mas que já sentem a desconstrução e algo imenente, é uma pergunta que não tem uma resposta para esse exterior que se julgou ser, pois o exterior apenas se pode render ao núcleo, aceitando o mistério e a vida, o Ser...
Então, enquanto pessoas, se busca e se anda numa cura, pensando numa salvação e numa subida nos degraus da sabedoria, numa imagem que se percepciona fora do núcleo, e no conceito da pessoa ela não aceita muito bem que somente desaparecendo em seus conceitos ela é completamente divinizada pelo coração que lhe dá vida, nós, uns e outros e em unidade... 
É um ego cansado que busca, é um ego cansado que medita, é sempre a pessoa que QUER alguma coisa e que quer salvar outros, como se outros houvessem, e ele sabe que somente a rendição ao centro de tudo o funde e dissolve, e mesmo que não veja, o verá... pela humildade que o coração lhe imprime a todo Agora, suavemente...
Vês assim que somente o alinhamento a este núcleo que sempre fomos, a imagem é divinizada, e o retorno á lucidez é pleno, não no caminho das palavras e livros, pois aqui é o mundo da percepção, e a unica porta é o coração unificado, a unica sabedoria plena, nenhuma outra...
Na visão do Coração acabam os lados, fora ou dentro. Na visão do coração, silêncio e movimento são uma dança de cores unas... e este é muito do paradoxo deste mistério...
O reconhecimento é também uma observação e contemplação, de que não pode existir algo que vá de fora para dentro, pois antes de existir um fora, o dentro já teria que existir por certo, então onde se busca? quem busca? o que se busca?... é uma rendição pessoal à unidade...
Nesse dentro, ou fonte, somente um Ser é existência, e é o que buscas desesperadamente como ponto silencioso de Amor e Paz.
A pessoa acha estranho não existir caminho, ou quando um ser liberto da forma e dos apegos, afirma não existir um caminho, apenas porque o abandono e reconhecimento em nada ser fora deste núcleo, faz a fusão, e assim a lucidez deste núcleo de vida refaz e inverte a percepção de ser uma pessoa para a vivência desta mesma fonte "na pessoa", e o retorno lhe faz ver, além da visão , que nada nunca aconteceu além de Amor e Paz de Um apenas Ser dentro da manifestação, dando-lhe a lucidez que nunca houve caminho para lado algum, se não de uma mera percepção...
O momento planetário é a dissolução completa do esquecimento desta fonte em que nos engajamos, e da sensação de buscar e ser algo fora de Si como experiencia, em serviço e sacrifício pelo nosso Pai, ou o Absoluto, para retornarmos a Ser a plenitude desse Branco do Amor seja em que vibração ou dimensão for...
O tempo das palavras está a terminar, se já não terminou, e o tempo do apelo é cada vez mais iminente, o tempo do verdadeiro encontro da unidade, e é preciso atravessar essa porta do Coração, que tanto procuras num exterior, mas que está no centro do centro, e aqui, é encontrar o SER, a felicidade, a alegria, a unidade de tudo... essa porta está em nós, sempre esteve, como unica porta, como unica redenção ao Sagrado, como sincronização dimensional. 
É o Coração que além de um fazer, em tudo vive...
A luz redime, e até à rendição total, somente o silêncio pode sincronizar, porque enquanto te envolves com uma ilusão, estás dentro dela, seja julgando, seja tentando salvar, seja reconstruir uma dimensão prestes a finalizar para um planeta, e que se eleva ao Aqui e Agora Cósmico unificado... 
Enquanto não sais de cena, és ator de um teatro ardendo no fogo sagrado, onde o alinhamento a este fogo é no silêncio que se sincronia, e não no que barulhento das memórias da mente e suas referencias de bem e mal...
O que está por dentro deste alinhamento é além do bem e do mal, é o belo misterioso, é a paz suprema do Amor...
O apelo da Mãe de todas as centelhas já é escutado no inteiro, deixa que ela te abrace, deixa que ela te beije e te afague em seu manto puro, para que sejas o Filho Cristalino, porque nós todos somos os Filhos ardentes deste Sol... 
"...Aquieta e comunga com o ventre deste planeta que retorna á Liberdade da Multidimensionalidade do Verdadeiro Amor, da verdadeira Luz sem reflexos..."

Helder Santos (Akshara)

quarta-feira, 18 de novembro de 2015


"...não forces, sê apenas flauta por onde o sopro é emanado. sê apenas o silencio perante o grito da Vida... o esforço em seres algo leva-te ao labirinto da amnésia da separação... não te esforces em imaginares ser algo diferente do que apenas unidade. Entrega as rédeas e inspira a luz do Grande Espirito Absoluto..."

Helder Santos (Akshara)

domingo, 15 de novembro de 2015


"...Uns farão a guerra e outros festejaram a alegria do êxtase, a alegria da liberação em sua totalidade. A luz dissolve o que foi criado como percepção ilusória de separação e sua fragmentação elementar, mas além de tudo isto, e por trás de todo este processo, além de qualquer visão, o Ser está quieto e em total beatitude, uma imensidão de Paz e silêncio que movimento algum pode perturbar. Aqui reside o mar da Paz, aqui reside o oceano sem fim, aqui reside a eternidade, e isso não é alhures que se vive, é bem no centro de tudo... Agora...!

Helder Santos (Akshara)


Foto: Nguyễn Hoàng Nam

quinta-feira, 12 de novembro de 2015


No momento em que internamente é sentido, no verdadeiro sentir, que se é a própria vida, muito além de se viver uma vida, tudo fica claro que o buscador e a busca eram apenas personagens.
Um sorriso franco e pleno é manifestado, e vem a certeza de " Como demorei tanto tempo sem ver o que estava mesmo aqui?"

Esta nunce de abandonar tudo, vai certamente se acentuando, pois mesmo lendo tudo e falar tudo, consultar mestres e todas as terapias, há uma frustração de não se sentir livre e liberado, e parece que nada acontece para "Ser apenas"
Voltar a ser uma criança, é não ter um pingo de fardos e carregos de como se deve fazer, de passados, de futuros. Voltar a ser uma criança é Ser a alegria plena do momento seja em que dimensão for, com ou sem corpo, e se estabelecer no Amor contemplativo da presença, o Cristo... É doação à Fonte viva, é Ser a própria fonte lumínica que respira Luz... É Ser a própria Luz silenciosa sem corpo, mesmo que ele ainda esteja manifestado...
Ser criança é ser o beijo e o sorriso do absoluto em toda a manifestação sonora interdimensional, é Ser a Voz do Silencio na natureza do sopro Divino... Ser Criança é Ser Krishna, Cristo, Buda, o nome não importa, é Ser o Filho do Fogo, o Filho da Água Cristalina, que nada vê além do Amor de Seu Pai em tudo e em todas as centelhas...


Helder Santos (Akshara)


terça-feira, 10 de novembro de 2015


Houve um apego incrustado ás memórias de ser isto e aquilo, de vivenciar experiencias limitadas dos objetos. A luz deste Agora planetário, mais do que propor, ela invade os campos temporais de um espaço que se propôs ao esquecimento. A causa primeira de todo o jogo foi o medo, e tendo o desejo como parceiro. a visão de bem ou mal fez a ilusão da experiencia, a ilusão da reflexão de uma aparente realidade, pois o verdadeiro Amor não tem escolha dualitária, ele é apenas o Ser em sua natureza ignea. A luz branca do Amor Absoluto redime em sua verdadeira beatitude, toda a ilusão montada, levando o Ser que se parecia esquecido, á casa de seus Pais, a casa de onde nunca saiu... percepção apenas... e uma fusão aparente entre o Absoluto e a imagem de uma experiencia se perfaz...
A festa do reencontro está já a ser vivida pelas almas que se diluem em seu Coração, que viram no mundo uma fantasia, e ancoraram na irradiação de seus corações, a gota Cristica em seu núcleo para que somente a Paz seja a própria Vida e contemplação em toda e qualquer experiencia...
"Eis que o Amor do Cristo crava sua espada da alegria no Coração do Planeta, levando-o ás moradas de seu Pai, regando sua Água Cristalina nos pés das sementes, para que voem ao centro da Alegria, ao Centro do Êxtase, o seu próprio Coração Absoluto"

Helder Santos (Akshara)

Foto: Taylor Photography

segunda-feira, 9 de novembro de 2015


"...Somente o silêncio remove todas as máscaras da imaginação de sermos alguma coisa individual e separada..."

Helder Santos (Akshara)


sexta-feira, 6 de novembro de 2015


"...O Ser é a Paz dentro da forma, mas o Ser é informe, e é uma total distorção julgar-se uma forma que busca a Paz. É pois a inversão necessária da visão, onde somente ali os lados desaparecem, interior ou exterior. A visão do coração é o próprio Ser, qualquer outra é conceitual e ambígua, percepção sem durabilidade, irreal portanto. A crença de salvar o pequenino Eu, faz assim o emaranhado de conceitos e crenças. 
Abandonar a forma como real é já diviniza-la ao Coração eterno, é cura-la de seu esquecimento, é aqui que o templo cumpre seu propósito, não por alimenta-lo de fazeres, mas silencia-lo ao Divino... "

Helder Santos (Akshara)


Imagem: Martin Mark

terça-feira, 3 de novembro de 2015


"...O Absoluto toca a música de seu Silêncio, independentemente de qualquer forma ou criatura que o oiça. O Absoluto é a Vida alegre dentro de tudo..."

Helder Santos (Akshara)




domingo, 1 de novembro de 2015


A ultima visão desfragmenta todas as visões. A ultima visão é amplitude sem olhares, é sapiência sem percepções, e portanto é também a primeira visão, aquela sem adornos. A Ultima visão é o re-estabelecimento no Amor, é o re-estabelecimento na Paz nunca nascida. A ultima visão sendo a primeira, é reconhecer-se e dissolver-se à contemplação unica e absoluta no Amor indizível.

Helder Santos (Akshara)