sábado, 30 de abril de 2016


A mente é vulnerável a reconhecer o que desconhece, sua mecanica é limitada. 
O reconhecimento primeiro é deixa-la ser como é, sem lhe tocar com identificações, internamente e sem explicar isto, pois qualquer explicação é ela mesmo que tenta explicar que consegue e evolui. O reconhecimento de Ser Buda ou a consciência Budica, ele já está presente, sempre esteve atemporalmente, silencioso, mas é evidente que não há um caminho para o que está presente, há um simples desaparecer para o que parece real à visão do mental, que é corpo também... 
Assim ele é Divinizado ou transcendido pelo que é Real, o Ser, que jorra no centro de tudo a que chamamos de Coração... apesar de não haver uma rendição facilitada da mente, pelo medo de seu desaparecimento, o trabalho da luz que invade o planeta dissolve a força que a manteve no tempo. A luz em sua inteligência, sem reflexos e tempo mental , em amor e sem qualquer combate, desarma um relógio memorial a que ficamos apegados, distorcidos na relatividade, nos devolvendo afinal a presença infinita, que por mera experiência e percepção, nos esquecemos, por amor também, pela devoção eterna à fonte de tudo.
O reconhecimento está além de querer a liberdade de relógios, é Ser a própria liberdade independente de objetos e formas temporais...
...somos Um nesta consciência Budica, mas sem soltar a ideia de tempo, medo e corpo, de desejo por objetos e aprisionamentos da mente, a impressão de ser alguma coisa além de apenas Ser, parece manter-se, é essa impressão que é removida no que se desenrola no planeta, como um retorno á presença Cristica ou Budica que sempre fomos, além de formas e conceitos...
... a vida é livre, o ser é livre, o amor é livre, aprisiona-lo na limitação mental é já distorce-lo com formas e ideias...
... o silêncio é sem objetos e desfaz todas as ideias fixadas de uma limitação...
Mergulha no êxtase do retorno, pois o Real está em teu centro, como chama da vida Una...
Om

Nadhaji

quarta-feira, 27 de abril de 2016


...a resolução de um face a face é Agora, interior, onde a historia pessoal de uma matriz é transcendida, onde o esquecimento e separação é elucidado pela unidade, suporte de vida, o Amor...
Não pode haver fuga do que é verdade, ela não requer autorização conceitual, e é aqui a entrega, é aqui o casamento do feminino e masculino sagrado, onde o filho é a glória da concretização do amor infinito... nós, uns e outros como um filho apenas, um amor somente...Cristo... 
Este teu irmão te convida,não mais a meditar para atingir alguma coisa, não mais a jogar um pau de dois bicos e duas cadeiras, até porque elas foram removidas, mas sim a escutares o Céu, ele vive no interior de tudo. Te convido nestes dias que se apresentam como revelação, não mais a escolher caminhos e estratégias disto ou daquilo, mas a escutares o que se revela em ti agora, no abrasamento do coração, no fogo que te é derramado, na água pronta a te banhar de glória, não por uma conquista disto. mas porque é tua natureza imutável, a raiz de tudo o que existe... te convido agora a serenares teus pensamentos com um simples respirar e contemplação, e verificares sem olhos, que és além de qualquer visão e qualquer mundo. Te convido a fazer um luto amoroso da imaginação de ser uma pessoa, e seres realmente o que sempre foste, aqui e alhures, sem tempo e sem espaço, a imensidão da consciência Una, o sopro da vida... te convido, não por um querer, mas porque vivo dentro de ti e de tudo o que existe e não existe, como Absoluto imorredouro...
...acolhe o fogo, este fogo que nos é braseiro unitário, acolhe o que é além da miragem dos olhos, e renasce em teu céu, pois é ali o verdadeiro brilhar da estrela que somos em unidade...a estrela da manhã...
...acolhe o silêncio, pois é a tua casa...nossa casa...
...amo-te, pois somos o amor... um único amor...
Nadhaji
Foto: Serra de Montejunto

quinta-feira, 21 de abril de 2016



"...no mistério da vida, ausente da presença, fui embriagado e misericordiosamente embalado a me reunir com a verdade sem adjetivos, silenciosa e absoluta... e por traz do véu da imaginação, numa aparente distancia conceitual, ali estava o coração, no coração do teu coração... em quietude...sereno e infinito..."

Nadhaji 


...Quando as certezas e a sabedoria das palavras se escoam, aparece a verdadeira contemplação... a presença além do tempo..." 

Nadhaji

segunda-feira, 18 de abril de 2016


"...a liberdade não tem paredes. O conceito de ser algo pessoal pode até viver esse estado de Ser, mas a liberdade é impessoal, e a sensação de caminhar para a liberdade tem origem no invólucro da pessoa e não na própria liberdade. O Ser sempre É, sem objeto, e na observação de onde provém origem de caminho e ser algo conceitual, desnuda este invólucro com sensação de aprisionamento...
...a liberdade é sem paredes, o Ser é o instante imediato sem objeto e forma..."

Nadhaji

domingo, 17 de abril de 2016


"...viver diretamente e desnudo, o absoluto numa forma, é talvez a majestade da consagração e do milagre da Graça, num evento luminoso e cósmico de beleza infinita.
...ser absoluto lúcido num conceito ou dimensão, é ser a criança alegre e a vida em toda a vida concebida pela fonte una. É ser tocador, canção e instrumento num coração apenas..."

Nadhaji

sábado, 16 de abril de 2016


"...a estrela da manhã, núcleo da vida una, removerá o véu do engano da separação, devolvendo assim a alegria do Ser sem objeto e objetivo. A estrela da manhã, é o centro de tudo, onde todos sempre estivemos isentos de conceitos..."

Nadhaji

quinta-feira, 14 de abril de 2016


"...tua serenata ao rasgar os céus,
me foi cálice, água e fogo,
e nem o derramar de lágrimas 
dos cansados pés ao encontro dos teus,
apagou o braseiro que acendia o mar,
no sufoco da verdade de amar...
...te sou eterna contemplação,
te sou fogueira, pão e vinho,
neste teu corpo coberto de linho,
onde és vida e bater do coração,
meu pai, te sou filho e ressurreição...
...nada sou neste fumo de incenso, 
...nada sou... além de teu silêncio..."

Nadhaji



...Mãe. afaga teus filhos, afaga o que trepida na ilusão do medo...
...Oh Mãe, afaga com teu manto amoroso, a exaltação das dúvidas de teu sagrado Coração que vibra em todos os teus rebentos...

Nadhaji



"...o ser é sem reflexo, é a luz original, e assim portanto é a origem de tudo...mais do que uma vivência direta do Ser Absoluto, o reconhecimento em meio ao silêncio , terá de ser permanente, contemplativo e não refletido...o principio da renuncia, é então desapegar-se corajosamente do que reflete e retornar ao centro, onde esse absoluto é inamovível e permanente...
...uma reflexão apenas tem um tempo, tal como pensamentos e o mundo, o que é Real é atemporal...
...o Ser é absoluto, dentro de toda a vida, com ou sem reflexão, sem caminho e com algo a atingir, tal fonte inesgotável que dança alegremente...
...tu não tens que pensar que és, SÊ...

Nadhaji

terça-feira, 12 de abril de 2016


...de meu coração vos digo, não fiquem à margem do maior acontecimento planetário desde a sua criação...
...sem entendimentos possíveis, apenas se joguem sem medos, naquilo que distorcidamente e temporariamente foi esquecido, o Fogo da Vida do Coração... 
...Joguem-se absolutamente, pois o Ser é Consciência amorosa e livre sem qualquer distorção e visão individual...
...o Ser é Unidade Absoluta...

Nadhaji


"...todos os campos floridos de luz, som e cor, é o sopro do absoluto, que silenciosamente é amor em toda a dança da consciência...
...escuta, pois és absoluto, antes de tudo, simples presença imorredoura... 
...escuta, pois em teu centro está o êxtase do sopro da vida...assim és...silêncio de Fogo..."
Akshara

domingo, 10 de abril de 2016


...só tu poderias acalmar meu desespero pelo verdadeiro amor...
...só tu, farias com que permanecesse uma hora mais no efémero do tempo, e poder beijar-te esquecido que sou a eternidade incondicional...
...apenas contigo, perderia por momentos este viver absoluto e assim mergulhasse numa praia qualquer, descalços de liberdade, abraçados e esquecidos que somos apenas crianças...
...somente o teu olhar me faria ter olhos, que vissem o que o teu sorriso pela nossa presença unidos, pudesse escrever ao vento...
...e então ao viver o teu amor pelo meu, desaparecermos nas profundezas da unidade e viver a felicidade na forma realmente...

Nadhaji

sexta-feira, 8 de abril de 2016


...as asas secam no fogo da vida, para que o retorno ao voo seja calmo e com precisão... a natureza é liberdade, o Amor é livre...

Nadhaji

quarta-feira, 6 de abril de 2016


O que acontece no planeta  não depende de nenhuma pessoa, nunca dependeu, além do abandono e não resistência à revelação da Vida Una que é o Ser, e esse é o verdadeiro serviço... 
O que é real não depende de nada, mas é preciso apreender que a luz não combate, ela se estabelece unissona com a fonte de vida, e em meio a uma dissociação e uma matriz dualitária que foi uma noção e uma experiência, é a própria ilusão que resiste, ou não, perante o que já foi liberado e descristalizado... e até a um momento coletivo os elementos se reunificam, conforme as resistência, ponto por ponto, fio por fio, corpo por corpo, para liberação de todo o esquecimento da Unidade para esta humanidade...
...sem pedir nada, apenas se estabeleça no silêncio, deixe os pensamentos irem e virem, as emoções irem e virem, eles não são seus, eles não são a eternidade do Ser, nenhum deles é você, eles pertencem a uma matriz de experiência, e quando nada mais restar, nem a noção de pessoa e ela desaparecer nesse silêncio, dê aquele passo onde nada existe, dê esse passo, porque é o buraco da agulha da multidimensionalidade eterna...
...o Fogo do Coração se expande como fagulhas de luz radiosa, que consumirá todo o efémero, até que todos os filhos acordem do sonho...
...fique ausente de tempo, na presença única sem espera, e verá sem olhos a Graça que se derrama em júbilo sobre tudo, devolvendo assim a luz original sem reflexos do Ser amoroso que mora em todas as luzes deste canteiro de flores universais, em todos os lagos do oceano que é o infinito...
...É AGORA tudo isto, sem tempo e espaço, sem noção disto e daquilo. A liberdade é atemporal, sem objeto e tempo que a segure, mesmo que dentro de um corpo de pessoa, a consciência Una não tem grilhões que a possam amarrar, com ou sem manifestação...
...ausente-se internamente, e reconheça o silêncio como infinitude, como Absoluto que é a casa sem paredes...

Nadhaji

Foto: Dornes, Lys Fátima 

segunda-feira, 4 de abril de 2016


...a verdade sempre estará presente, quer haja aceitação ou não, havendo apego ou não a um conceito, mas enquanto se quiser vê-la com um véu pessoal, há um fio de névoa que a distorce. 
Muito se falou de abandono para chegar a algum lugar, mas o abandono é desapegar-se de todos os conceitos e fios da pessoa, tais como pensamentos e medos, silenciosamente, e estabelecer a presença que sempre esteve Aqui e Agora...
...A verdade é impessoal e a-conceitual, tal como um oceano de estrelas sem margens...

Nadhaji